Nunca esquecerei aquela manhã de verão quando acordei encharcada de suor, com o coração disparado, mesmo com o ar-condicionado ligado. Tinha acabado de completar 50 anos e já vinha notando algumas mudanças em meu corpo nas últimas semanas – ciclos menstruais irregulares, alterações de humor inexplicáveis e uma fadiga que parecia não passar.
Será que estava começando a menopausa? Como médica ginecologista há mais de 20 anos, eu conhecia bem os sinais, mas viver na própria pele era uma experiência completamente diferente.
Os sintomas menopausa 50 anos chegam para todas nós mulheres em algum momento, geralmente por volta dessa idade. É uma fase natural da vida, mas que pode trazer desafios significativos para nosso bem-estar físico e emocional. Apesar de ser um assunto que afeta todas as mulheres, muitas chegam a essa fase despreparadas e cheias de dúvidas.
Neste artigo, quero compartilhar com você não apenas meu conhecimento profissional, mas também minha experiência pessoal com os sintomas da menopausa aos 50 anos. Vamos falar sobre o que esperar, como identificar os sinais e, principalmente, como encontrar alívio e manter a qualidade de vida durante essa transição.

O que acontece no corpo aos 50 anos: entendendo os sintomas menopausa 50 anos
A menopausa não é um evento que acontece da noite para o dia, mas sim uma transição gradual que pode levar alguns anos. Tecnicamente, a menopausa é definida como o momento em que se completa 12 meses consecutivos sem menstruação. O período que antecede esse marco é chamado de perimenopausa e pode durar de 2 a 8 anos.
Aos 50 anos, muitas mulheres estão justamente nessa fase de transição, vivenciando uma verdadeira “montanha-russa hormonal”. O que ocorre é uma diminuição gradual na produção dos hormônios estrogênio e progesterona pelos ovários. Essa mudança hormonal afeta diversos sistemas do corpo, resultando nos sintomas que conhecemos.
Lembro-me de uma paciente, Mariana, que aos 51 anos me procurou desesperada: “Doutora, acho que estou ficando louca! Um dia estou bem, no outro quero chorar sem motivo. Meu sono acabou e sinto calor mesmo em dias frios.” Expliquei a ela que não estava ficando louca – estava apenas enfrentando as mudanças hormonais típicas da menopausa.
Os sintomas mais comuns da menopausa aos 50 anos
Cada mulher vivencia a menopausa de maneira única, mas existem alguns sintomas que aparecem com maior frequência nessa faixa etária:
- Ondas de calor (fogachos): São sensações súbitas de calor intenso que se espalham pelo rosto, pescoço e tórax. Podem durar de poucos segundos a vários minutos e frequentemente são seguidas por suor. Muitas mulheres as descrevem como “sentir que o corpo está pegando fogo por dentro”.
- Alterações no ciclo menstrual: Períodos que ficam mais curtos ou mais longos, sangramento mais intenso ou mais fraco, e intervalos irregulares entre as menstruações.
- Problemas de sono: Insônia ou despertares frequentes durante a noite, muitas vezes provocados pelos suores noturnos.
- Alterações de humor: Oscilações emocionais, irritabilidade, ansiedade e sintomas depressivos.
- Secura vaginal: Ressecamento, coceira e sensibilidade na região íntima, que podem tornar as relações sexuais desconfortáveis.
- Diminuição da libido: Redução do desejo sexual, que pode estar relacionada tanto às mudanças hormonais quanto ao desconforto físico.
- Fadiga e diminuição da energia: Sensação constante de cansaço que não melhora com o descanso.
- Ganho de peso: Especialmente na região abdominal, mesmo sem alterações significativas na alimentação ou na atividade física.
Os sintomas menopausa 50 anos que ninguém comenta
Durante meus anos de consultório, percebi que existem alguns sintomas menos comentados, mas que causam muito desconforto nas mulheres nessa fase:
Problemas cognitivos e “névoa mental”
Muitas pacientes me relatam dificuldades de memória, problemas de concentração e a sensação de que “o cérebro está envolto em névoa”. Ana, uma professora universitária de 52 anos, me contou que começou a esquecer nomes de alunos e perder o fio do pensamento durante as aulas – algo que nunca havia acontecido antes.
As flutuações hormonais podem afetar realmente algumas funções cognitivas temporariamente. Estudos da Sociedade Norte-Americana de Menopausa mostram que até 60% das mulheres relatam algum tipo de problema cognitivo durante a transição menopáusica.
Mudanças na pele e cabelos
O estrogênio ajuda na produção de colágeno e na retenção de umidade na pele. Com sua diminuição, muitas mulheres notam:
- Pele mais seca e menos elástica
- Aparecimento de rugas mais profundas
- Cabelos mais finos e quebradiços
- Crescimento de pelos indesejados no rosto
Dores articulares
Um sintoma que surpreende muitas mulheres é o aparecimento ou agravamento de dores nas articulações. O estrogênio tem efeito anti-inflamatório, e sua redução pode aumentar a sensibilidade à dor e a inflamação nas articulações.
Eu mesma fiquei surpresa quando comecei a sentir dores nos joelhos ao levantar pela manhã, sem ter feito nenhuma atividade extenuante no dia anterior.
Alterações na bexiga
A diminuição do estrogênio afeta também os tecidos da bexiga e da uretra, podendo causar:
- Urgência urinária (vontade súbita e incontrolável de urinar)
- Aumento da frequência urinária
- Infecções urinárias mais recorrentes
- Pequenos escapes de urina ao tossir, espirrar ou rir (incontinência de esforço)
Por que os sintomas variam tanto entre as mulheres?

Uma pergunta frequente que recebo no consultório é: “Por que minha amiga quase não teve sintomas e eu estou sofrendo tanto?” A resposta está em vários fatores que influenciam como cada mulher vivencia a menopausa:
Fatores genéticos
Estudos sugerem que há uma forte influência genética na idade de início da menopausa e na intensidade dos sintomas. Se sua mãe ou irmãs tiveram sintomas intensos, há maior probabilidade de você também os ter.
Estilo de vida
Mulheres fisicamente ativas tendem a relatar menos sintomas vasomotores (como ondas de calor). Da mesma forma, uma alimentação equilibrada parece amenizar vários sintomas.
O tabagismo está associado a sintomas mais intensos e início mais precoce da menopausa. Fumantes têm, em média, menopausa 1 a 2 anos antes das não fumantes.
Peso corporal
Mulheres com sobrepeso tendem a ter mais ondas de calor, pois o tecido adiposo funciona como isolante térmico, dificultando a dissipação do calor corporal.
Fatores psicossociais
O estresse crônico, problemas financeiros e falta de apoio social podem amplificar a percepção dos sintomas físicos e emocionais.
“A menopausa não é uma doença, mas sim uma transição natural na vida da mulher. O sofrimento associado a ela não é inevitável e pode ser significativamente reduzido com orientação adequada e tratamentos personalizados.” – Dra. Maria Fernanda Camargo, ginecologista especialista em climatério
Como aliviar os sintomas menopausa 50 anos: abordagens eficazes
Durante minha trajetória pessoal e profissional, descobri que existem muitas formas de amenizar os sintomas da menopausa e melhorar a qualidade de vida nessa fase. Aqui estão algumas estratégias que recomendo às minhas pacientes e que também adotei:
Mudanças no estilo de vida
Pequenos ajustes no dia a dia podem fazer uma grande diferença:
Alimentação balanceada
Uma dieta rica em:
- Frutas e vegetais frescos
- Grãos integrais
- Proteínas magras
- Alimentos ricos em cálcio (importante para a saúde óssea)
- Alimentos com fitoestrógenos (soja, linhaça, grão de bico)
Reduza o consumo de:
- Alimentos processados
- Açúcares refinados
- Cafeína e álcool (podem desencadear ondas de calor)
- Alimentos muito condimentados ou picantes
Atividade física regular
O exercício físico regular traz múltiplos benefícios:
- Ajuda no controle do peso
- Melhora o sono
- Reduz o estresse e a ansiedade
- Fortalece os ossos, prevenindo a osteoporose
- Pode reduzir a frequência das ondas de calor
Comecei a praticar yoga três vezes por semana e notei uma redução significativa nas ondas de calor e na ansiedade. Caminhadas diárias de 30 minutos também podem ser muito benéficas.
Técnicas de gerenciamento do estresse
O estresse pode piorar os sintomas da menopausa. Algumas técnicas úteis incluem:
- Meditação mindfulness
- Respiração profunda
- Yoga
- Tai chi
- Atividades prazerosas e hobbies
Tratamentos não hormonais
Para mulheres que não podem ou não desejam fazer terapia hormonal, existem alternativas:
Fitoterápicos e suplementos
Alguns remédios naturais mostram resultados promissores:
- Isoflavonas de soja
- Amora preta
- Óleo de prímula
- Cimicífuga racemosa (black cohosh)
É importante ressaltar que, mesmo sendo naturais, esses produtos devem ser usados com orientação médica, pois podem interagir com medicamentos e ter contraindicações.
Acupuntura
A acupuntura tem mostrado bons resultados para aliviar ondas de calor e melhorar o sono. Várias pacientes minhas relatam alívio significativo após as sessões.
Medicamentos não hormonais
Para sintomas específicos, existem medicamentos que podem ajudar:
- Antidepressivos em baixas doses para ondas de calor e alterações de humor
- Gabapentina para ondas de calor noturnas e problemas de sono
- Lubrificantes vaginais para a secura
Terapia hormonal

A terapia de reposição hormonal (TRH) continua sendo o tratamento mais eficaz para os sintomas vasomotores da menopausa. Ela consiste na reposição de estrogênio, geralmente associado à progesterona (em mulheres com útero).
A TRH moderna, com doses adequadas e formulações mais seguras, tem um perfil de risco-benefício favorável para muitas mulheres, especialmente quando iniciada antes dos 60 anos ou nos primeiros 10 anos após a menopausa.
Como em qualquer tratamento, existem riscos e benefícios que devem ser discutidos individualmente com o médico, considerando o histórico familiar, condições de saúde e preferências pessoais.
Tabela: Sintomas da menopausa aos 50 anos e estratégias de alívio
Sintoma | Frequência | Estratégias não hormonais | Tratamentos médicos |
---|---|---|---|
Ondas de calor | 75-80% das mulheres | Evitar gatilhos (álcool, cafeína, alimentos picantes), manter ambiente fresco, técnicas de respiração | Terapia hormonal, antidepressivos em baixa dose, gabapentina |
Alterações do sono | 40-50% das mulheres | Higiene do sono, exercícios regulares (não à noite), meditação | Terapia hormonal, melatonina, medicamentos para insônia quando necessário |
Secura vaginal | 60% das mulheres | Lubrificantes à base de água, hidratantes vaginais | Estrogênio local (creme, anel ou comprimido vaginal), ospemifeno |
Alterações de humor | 25-50% das mulheres | Exercício físico, técnicas de relaxamento, apoio social | Terapia hormonal, antidepressivos, terapia cognitivo-comportamental |
Dores articulares | 40% das mulheres | Exercícios de baixo impacto, manutenção do peso adequado, compressas quentes | Anti-inflamatórios, terapia hormonal, suplementos (ômega-3) |
Problemas cognitivos | 60% das mulheres | Atividades mentalmente estimulantes, sono adequado, exercício físico | Terapia hormonal, tratamento de transtornos do sono coexistentes |
Quando procurar ajuda médica
É fundamental consultar um médico quando os sintomas da menopausa interferem significativamente na qualidade de vida. Algumas situações que merecem atenção especial:
Sinais de alerta
- Sangramento vaginal intenso ou irregular
- Sangramento após 12 meses sem menstruar
- Ondas de calor muito frequentes (mais de 7 por dia) ou intensas
- Sintomas depressivos graves
- Insônia persistente que afeta o funcionamento diário
- Dor durante as relações sexuais que não melhora com lubrificantes
Exames recomendados nessa fase
Na fase da menopausa, recomendo às minhas pacientes:
- Exame de mamografia anual
- Densitometria óssea para avaliar a saúde dos ossos
- Perfil lipídico completo
- Glicemia de jejum
- Dosagem hormonal (FSH, estradiol) em casos específicos
- Exame preventivo ginecológico (Papanicolau)
- Avaliação da função tireoideana
Impacto dos sintomas menopausa 50 anos na qualidade de vida




Os sintomas da menopausa podem afetar diversas áreas da vida da mulher:
Vida profissional
As ondas de calor em momentos inoportunos, problemas de sono levando à fadiga durante o dia e dificuldades de concentração podem impactar o desempenho profissional.
Maria, executiva de 52 anos, me contou que começou a evitar reuniões importantes pois tinha medo de ter ondas de calor na frente dos colegas. Após iniciar um tratamento adequado, recuperou sua confiança no trabalho.
Vida íntima e relacionamentos
As alterações hormonais podem afetar a libido e causar desconforto nas relações sexuais devido à secura vaginal. Muitas mulheres relatam insegurança e até mesmo evitam intimidade por esses motivos.
É importante conversar abertamente com o parceiro sobre essas mudanças e buscar alternativas como lubrificantes ou tratamentos específicos para a secura vaginal.
Saúde mental
As flutuações hormonais podem intensificar sintomas de ansiedade e depressão. Algumas mulheres experimentam pela primeira vez episódios depressivos durante a transição menopáusica.
O apoio psicológico, grupos de suporte e, quando necessário, acompanhamento psiquiátrico podem ser fundamentais nesse período.
A menopausa pelo mundo: diferentes culturas, diferentes experiências
É interessante notar como a experiência da menopausa varia entre diferentes culturas:
Visão ocidental
Nas sociedades ocidentais, a menopausa frequentemente é vista como uma condição médica, com foco nos sintomas e em como tratá-los.
Visão oriental
Em muitas culturas asiáticas, como a japonesa, as mulheres relatam menos sintomas vasomotores. Isso pode estar relacionado tanto à alimentação rica em fitoestrógenos (derivados da soja) quanto à visão cultural que valoriza esta fase como um período de maior sabedoria e respeito social.
Comunidades tradicionais
Em algumas culturas tradicionais, a menopausa marca uma transição para um status social mais elevado, onde a mulher ganha mais autonomia e respeito na comunidade.
Estudos antropológicos mostram que mulheres em culturas que veem a menopausa positivamente tendem a relatar menos sintomas ou a percebê-los como menos problemáticos.
Superando os mitos sobre a menopausa aos 50 anos
Existem muitos mitos e informações equivocadas sobre a menopausa que podem gerar medos desnecessários. Vamos esclarecer alguns:
Mito 1: A menopausa marca o fim da sexualidade feminina
Realidade: A sexualidade continua durante e após a menopausa. Com cuidados adequados para a secura vaginal e abertura para explorar novas formas de intimidade, muitas mulheres relatam uma vida sexual satisfatória e até mais plena por não haver preocupação com gravidez indesejada.
Mito 2: Terapia hormonal é sempre perigosa
Realidade: Os riscos da terapia hormonal foram superestimados no passado. Estudos mais recentes mostram que, para muitas mulheres, especialmente aquelas com menos de 60 anos e nos primeiros 10 anos de menopausa, os benefícios podem superar os riscos quando usada na dose correta e pelo tempo adequado.
Mito 3: Ganho de peso é inevitável na menopausa
Realidade: As mudanças hormonais podem facilitar o ganho de peso, mas não o tornam inevitável. Com ajustes na alimentação e prática regular de exercícios, é possível manter um peso saudável durante e após a menopausa.
Mito 4: Os sintomas sempre são graves e incapacitantes
Realidade: A intensidade dos sintomas varia muito. Cerca de 20% das mulheres têm poucos ou nenhum sintoma, 60% apresentam sintomas moderados e apenas 20% experimentam sintomas severos que impactam significativamente sua qualidade de vida.
Como a medicina moderna está abordando os sintomas menopausa 50 anos
A abordagem médica da menopausa evoluiu significativamente nas últimas décadas:
Medicina personalizada
Hoje sabemos que cada mulher é única e precisa de uma abordagem personalizada. Fatores como histórico pessoal e familiar, sintomas específicos, preferências e objetivos de saúde são considerados ao definir o melhor plano de cuidados.
Novas opções terapêuticas
A ciência continua avançando com novas opções:
- Terapias hormonais com bioidentical hormones (hormônios estruturalmente idênticos aos produzidos pelo corpo)
- Moduladores seletivos dos receptores de estrogênio (SERMs)
- Combinações de baixas doses que maximizam benefícios e minimizam riscos
- Aplicativos de acompanhamento de sintomas para ajustar tratamentos
Abordagem integrativa
Cada vez mais, a medicina reconhece os benefícios de uma abordagem que combina:
- Tratamentos médicos convencionais quando necessários
- Mudanças no estilo de vida
- Terapias complementares como acupuntura e mindfulness
- Apoio psicológico e social
Preparando-se para os 50 anos: prevenção e planejamento
Se você está se aproximando dos 50 anos ou conhece alguém nessa fase, aqui estão algumas dicas para se preparar:
Conheça seu corpo e sua história familiar
Observe como seu corpo está mudando e converse com mulheres mais velhas da sua família sobre suas experiências. O padrão familiar pode dar pistas sobre como será sua menopausa.
Estabeleça hábitos saudáveis antes da menopausa
Quanto mais cedo você adotar um estilo de vida saudável, melhores serão os resultados:
- Alimentação equilibrada
- Exercício físico regular
- Controle do estresse
- Sono adequado
- Manutenção do peso saudável
Encontre um médico especializado
Um ginecologista com experiência em climatério (a fase que inclui a menopausa) pode fazer toda a diferença. O acompanhamento regular permite identificar e tratar precocemente qualquer problema.
Construa sua rede de apoio
Ter pessoas com quem conversar abertamente sobre suas experiências e sentimentos é fundamental. Grupos de apoio, amigas na mesma fase e familiares compreensivos formam uma rede valiosa.
A menopausa como oportunidade: redescobrindo-se aos 50 anos
Gosto de lembrar às minhas pacientes que a menopausa, apesar dos desafios, também representa uma oportunidade de renovação e crescimento pessoal.
Um novo olhar para si mesma
Muitas mulheres relatam que, após superarem os sintomas iniciais, experimentam um novo senso de liberdade e autoconhecimento. É um momento propício para reavaliar prioridades e fazer escolhas que favoreçam o bem-estar.
Cuidados redobrados com a saúde
A menopausa nos lembra da importância de cuidar da nossa saúde de forma integral. É um bom momento para:
- Realizar check-ups completos
- Atualizar exames preventivos
- Investir em hábitos que promovam longevidade e qualidade de vida
Novas possibilidades
Com os filhos geralmente mais crescidos e independentes, muitas mulheres encontram tempo para:
- Retomar projetos antigos
- Iniciar novos hobbies
- Investir em desenvolvimento pessoal e profissional
- Explorar facetas da personalidade antes não desenvolvidas
Uma paciente minha, professora aposentada de 55 anos, após superar os sintomas mais intensos da menopausa, decidiu realizar um sonho antigo de aprender a tocar piano. Hoje, ela dá pequenos recitais para amigos e família e diz sentir-se mais realizada do que nunca.
Principais pontos sobre os sintomas menopausa 50 anos:
- A menopausa aos 50 anos é uma fase natural que marca o fim da fase reprodutiva
- Os sintomas variam muito de uma mulher para outra em tipo, intensidade e duração
- As ondas de calor, alterações de humor, problemas de sono e secura vaginal são os sintomas mais comuns
- Fatores genéticos, estilo de vida e condições de saúde influenciam a intensidade dos sintomas
- Existem múltiplas abordagens para aliviar os sintomas, desde mudanças no estilo de vida até tratamentos médicos
- A terapia hormonal, quando indicada, continua sendo o tratamento mais eficaz para os sintomas vasomotores
- Acompanhamento médico regular é fundamental nessa fase
- A menopausa pode ser uma oportunidade de renovação e autocuidado
- Uma visão positiva da menopausa está associada a melhor adaptação aos sintomas
- Com o tratamento adequado, é possível manter qualidade de vida durante e após a menopausa
Perguntas frequentes sobre os sintomas da menopausa aos 50 anos
1. É possível engravidar durante a perimenopausa?
Sim, é possível engravidar durante a perimenopausa, mesmo quando os ciclos estão irregulares. Só se considera seguro dispensar métodos contraceptivos após 12 meses consecutivos sem menstruação (para mulheres com mais de 50 anos) ou após 24 meses (para mulheres com menos de 50 anos).
2. Quanto tempo duram os sintomas da menopausa?
A duração dos sintomas varia muito. As ondas de calor duram em média de 2 a 5 anos, mas em cerca de 10-15% das mulheres podem persistir por 10 anos ou mais. Os sintomas relacionados à secura vaginal tendem a ser progressivos e não melhoram sem tratamento específico.
3. Os suplementos naturais para a menopausa realmente funcionam?
Alguns fitoterápicos e suplementos mostram resultados moderados em estudos clínicos, especialmente para ondas de calor leves a moderadas. A isoflavona de soja e a cimicífuga racemosa são os que têm mais evidências científicas. No entanto, a eficácia varia muito entre as mulheres e é sempre recomendável consultar um médico antes de iniciar qualquer suplemento.
4. A menopausa causa depressão?
A menopausa em si não causa depressão, mas as mudanças hormonais podem aumentar a vulnerabilidade a problemas de humor. Mulheres com histórico prévio de depressão têm maior risco de recorrência durante a transição menopáusica. Se os sintomas depressivos são intensos ou persistentes, é fundamental buscar ajuda profissional.
5. Por que algumas mulheres têm poucos sintomas e outras sofrem intensamente?
Esta variação se deve a uma combinação de fatores genéticos, estilo de vida, peso corporal, nível de estresse e aspectos culturais. Estudos sugerem que há uma predisposição genética para sintomas mais intensos, mas fatores modificáveis como atividade física regular e alimentação equilibrada podem atenuar significativamente os sintomas.
6. Como lidar com as ondas de calor em situações sociais ou no trabalho?
Algumas estratégias úteis incluem: vestir-se em camadas que possam ser removidas facilmente; carregar um pequeno leque portátil; manter uma garrafa de água gelada por perto; identificar e evitar gatilhos pessoais (como bebidas quentes, alimentos picantes ou ambientes muito aquecidos); e praticar técnicas de respiração profunda ao sentir o início de uma onda de calor.
7. A terapia hormonal engorda?
A terapia hormonal em si não causa ganho de peso significativo. Estudos controlados mostram que mulheres que fazem TRH ganham, em média, o mesmo peso que mulheres que não fazem. O ganho de peso na menopausa está mais relacionado ao envelhecimento, redução do metabolismo e alterações na distribuição da gordura corporal.
8. Os problemas de memória na menopausa são permanentes?
Na maioria dos casos, os problemas cognitivos leves (como esquecimentos e dificuldade de concentração) são temporários e melhoram após a estabilização hormonal. Estratégias como exercício físico regular, atividades mentalmente estimulantes, boa qualidade de sono e controle do estresse podem ajudar a melhorar a função cognitiva nessa fase.
9. Como a menopausa afeta a saúde óssea?
O estrogênio tem papel protetor para os ossos. Com sua diminuição na menopausa, aumenta a perda óssea, elevando o risco de osteoporose e fraturas.
É recomendado: consumo adequado de cálcio (1000-1200mg/dia); vitamina D suficiente; exercícios com impacto e resistência; e, quando indicado, medicamentos para prevenir a perda óssea.
10. É normal perder o desejo sexual na menopausa?
Alterações na libido são comuns durante a menopausa devido às mudanças hormonais e ao desconforto físico que pode ocorrer durante as relações sexuais.
No entanto, a perda total do desejo sexual não deve ser considerada normal ou inevitável. Tratamentos para a secura vaginal, adequação hormonal quando indicada e abordagem de questões psicológicas ou relacionais podem ajudar a recuperar uma vida sexual satisfatória.