Olá! Hoje quero conversar com você sobre algo que muitos de nós já sentimos em algum momento da vida. Sabe aquela sensação de não se achar bom o suficiente? De sempre se comparar aos outros e sair perdendo? Sim, estou falando sobre baixa autoestima.
O que é a baixa autoestima vai muito além do que imaginamos de primeiro momento. Posso dizer que passei por fases difíceis na minha vida quando não conseguia enxergar valor em mim mesma. Era como se tivesse uma voz interior sempre me dizendo que eu não era capaz, que não merecia coisas boas.
Lembro bem como era difícil aceitar elogios, sempre achava que eram só por educação. E olhar no espelho? Nossa, evitava ao máximo! Essas experiências me fizeram buscar entender mais sobre esse tema tão importante.
Hoje, após muito aprendizado, posso compartilhar com você o que descobri sobre esse assunto. Vamos juntos entender melhor o que significa ter baixa autoestima, reconhecer seus sinais, descobrir suas causas e, principalmente, aprender caminhos para superá-la.

Entendendo o que é a baixa autoestima
A baixa autoestima representa uma avaliação negativa que fazemos sobre nós mesmos. É como se usássemos uma lente que só consegue enxergar nossos defeitos, falhas e imperfeições, enquanto nossas qualidades ficam invisíveis.
Quando temos baixa autoestima, costumamos nos sentir inseguros, incapazes e até indignos de amor e sucesso. Não é apenas um momento de tristeza passageira ou uma dúvida momentânea sobre nossas habilidades. É um padrão persistente de pensamentos negativos sobre quem somos.
Em minha jornada pessoal, percebi que a baixa autoestima afeta praticamente todas as áreas da nossa vida:
- Nos relacionamentos, temos medo de sermos abandonados
- No trabalho, duvidamos constantemente das nossas capacidades
- Nas decisões diárias, ficamos paralisados com medo de errar
- Na saúde, podemos negligenciar nosso autocuidado
Segundo o psicólogo Nathaniel Branden, reconhecido mundialmente como autoridade em autoestima: “A autoestima é a reputação que adquirimos conosco mesmos.” Quando essa reputação está manchada por julgamentos severos, vivemos em constante estado de autodepreciação.
Diferença entre baixa autoestima e momentos de insegurança
É importante diferenciarmos a baixa autoestima crônica de momentos naturais de insegurança que todos sentimos. Ter dúvidas ocasionais ou se sentir inseguro diante de novos desafios faz parte da experiência humana.
A questão mais preocupante surge quando esses sentimentos negativos sobre nós mesmos se tornam constantes e começam a ditar nossas escolhas e comportamentos. Quando deixamos de viver plenamente por acreditar que não merecemos ou não somos capazes.
Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo mostrou que cerca de 35% dos brasileiros sofrem com problemas significativos de autoestima, afetando diretamente sua qualidade de vida e saúde mental.
Sinais que podem indicar baixa autoestima
Como saber se o que sinto é realmente baixa autoestima ou apenas um momento passageiro de insegurança? Essa dúvida é comum, e por isso quero compartilhar alguns sinais que podem ajudar a identificar esse problema:
Sinais emocionais
Quando passei por períodos de baixa autoestima, minhas emoções pareciam uma montanha-russa. Alguns sinais emocionais comuns incluem:
- Sentir-se frequentemente triste ou vazio sem motivo aparente
- Ter medo constante de falhar ou decepcionar os outros
- Sentir vergonha ou culpa excessivas
- Ficar excessivamente magoado com críticas, mesmo quando construtivas
- Ter dificuldade em sentir orgulho das próprias conquistas
Lembro que mesmo quando conseguia algo importante, logo pensava: “foi só sorte” ou “qualquer um poderia ter feito isso”. Nunca parecia suficiente.
Sinais comportamentais
Nossa baixa autoestima também se revela em como agimos no dia a dia:
- Evitar situações sociais por medo de julgamento
- Buscar constantemente aprovação dos outros
- Ter dificuldade em estabelecer limites saudáveis
- Comparar-se negativamente com outras pessoas
- Falar mal de si mesmo frequentemente
- Ter dificuldade em tomar decisões simples
- Procrastinar por medo de não fazer bem o suficiente
Me identifiquei muito com esses comportamentos. Quantas oportunidades deixei passar porque não acreditava ser capaz de aproveitá-las!
Sinais físicos
Poucos falam sobre isso, mas a baixa autoestima também pode se manifestar fisicamente:
- Postura corporal curvada, como se quisesse “desaparecer”
- Dificuldade em manter contato visual
- Falar em tom de voz muito baixo
- Problemas de sono e alimentação
- Tensão muscular crônica, especialmente nos ombros e pescoço
- Cansaço constante sem causa física aparente
Percebi em mim mesma como andava cabisbaixa, quase pedindo desculpas por ocupar espaço. Nosso corpo fala muito sobre como nos sentimos por dentro.

Principais causas da baixa autoestima
Entender as origens da nossa baixa autovalorização é fundamental para começarmos a transformá-la. Durante minhas pesquisas e também em minha própria história, identifiquei algumas causas comuns:
Experiências da infância
Nossas primeiras experiências de vida têm um impacto profundo em como nos vemos. Alguns fatores da infância que podem contribuir para a baixa autoestima incluem:
- Críticas excessivas ou constantes de pais, professores ou cuidadores
- Comparações frequentes com irmãos ou outras crianças
- Negligência emocional ou sensação de abandono
- Bullying escolar ou rejeição pelos colegas
- Expectativas perfeccionistas impostas por adultos
- Ausência de elogios e reconhecimento por esforços e conquistas
Em minha própria história, cresci ouvindo frases como “você poderia ter se esforçado mais” ou “por que não consegue ser como seu primo?”. Essas palavras, mesmo ditas sem má intenção, plantaram sementes de dúvida sobre meu valor.
Traumas e experiências negativas
Eventos traumáticos podem deixar marcas profundas em nossa autoestima:
- Rompimentos dolorosos de relacionamentos
- Perda de emprego ou fracassos profissionais
- Violência física ou emocional
- Rejeições significativas
- Traições de confiança
- Perdas importantes
Cada experiência negativa pode reforçar a crença de que “há algo errado comigo” ou “não sou digno de amor e respeito”.
Padrões sociais e pressões culturais
Vivemos em uma sociedade que frequentemente nos bombordeia com padrões irreais:
- Padrões de beleza inalcançáveis promovidos pela mídia
- Pressão por sucesso financeiro e profissional
- Expectativas de comportamento baseadas em gênero
- Comparações constantes nas redes sociais
- Cultura da produtividade que valoriza apenas os resultados
- Discriminação e preconceito em suas diversas formas
Quantas vezes me senti inadequada por não me encaixar nos padrões que via em revistas ou na televisão! E hoje, com as redes sociais, essa pressão parece ainda maior.
Como a baixa autoestima afeta nossas vidas
Os impactos de não valorizar adequadamente a si mesmo vão muito além do campo emocional. Quando comecei a estudar esse tema, fiquei impressionada com o quanto a baixa autoestima pode afetar todas as esferas da nossa existência:
Impactos nos relacionamentos
Quando não nos valorizamos, tendemos a aceitar menos do que merecemos:
- Dificuldade em estabelecer limites saudáveis
- Medo constante de abandono e rejeição
- Dependência emocional excessiva
- Ciúmes e inseguranças frequentes
- Dificuldade em confiar nas intenções dos outros
- Sabotagem de relacionamentos que parecem “bons demais”
Em meus relacionamentos, sempre me pegava pensando “por que essa pessoa está comigo?” ou “um dia ela vai perceber que não valho a pena”. Era exaustivo viver assim, sempre à espera de ser abandonada.
Impactos na vida profissional
No trabalho, a baixa autoestima pode ser um verdadeiro obstáculo:
- Síndrome do impostor (sentir que não merece seu sucesso)
- Dificuldade em pedir aumentos ou promoções merecidas
- Medo de expressar ideias e opiniões
- Procrastinação e perfeccionismo paralisante
- Dificuldade em receber críticas construtivas
- Autossabotagem quando próximo do sucesso
Quantas oportunidades deixei passar porque não me achava capaz! Cargos para os quais não me candidatei, projetos que não iniciei por medo de falhar.
Impactos na saúde física e mental
Nossa mente e corpo estão conectados, e a baixa autoestima pode afetar nossa saúde de várias formas:
- Maior vulnerabilidade à ansiedade e depressão
- Estresse crônico e seus efeitos no sistema imunológico
- Negligência com autocuidado e saúde preventiva
- Padrões de sono prejudicados
- Relação complicada com a alimentação e imagem corporal
- Maior risco de comportamentos autodestrutivos
Estudos da Organização Mundial da Saúde mostram que pessoas com baixa autoestima têm até três vezes mais chances de desenvolver transtornos de ansiedade e depressão ao longo da vida.
Construindo uma autoestima saudável
Felizmente, a autoestima não é algo fixo ou determinado. Podemos trabalhar para desenvolvê-la e fortalecê-la. Esse foi um dos aprendizados mais libertadores da minha jornada: eu podia mudar a forma como me via!
O poder do autoconhecimento
O primeiro passo para melhorar nossa relação conosco é nos conhecer verdadeiramente:
- Identificar nossos valores e o que realmente importa para nós
- Reconhecer nossas forças e também nossas limitações
- Entender nossos padrões de pensamento negativos
- Conectar-se com nossos verdadeiros desejos e necessidades
- Aceitar nossa história de vida com compaixão
Comecei mantendo um diário onde anotava meus pensamentos e sentimentos sem julgamento. Isso me ajudou a perceber padrões negativos que precisavam ser transformados.
Práticas diárias para fortalecer a autoestima
Pequenas ações consistentes podem fazer uma grande diferença:
- Criar o hábito de agradecer pelo que temos e somos
- Celebrar pequenas vitórias e progressos
- Praticar o autocuidado com carinho e regularidade
- Aprender a dizer “não” quando necessário
- Cercar-se de pessoas que nos valorizam e apoiam
- Substituir o diálogo interno crítico por um mais compassivo
Uma prática que mudou minha vida foi criar uma “pasta de elogios” onde guardava mensagens positivas que recebia e conquistas que alcançava. Nos dias difíceis, reler aquilo me lembrava de meu valor.
Quando buscar ajuda profissional
Às vezes, precisamos de apoio especializado para transformar padrões profundamente enraizados:
- Terapia cognitivo-comportamental
- Grupos de apoio
- Coaching focado em desenvolvimento pessoal
- Consultas com psicólogos especializados em autoestima
Buscar ajuda não é sinal de fraqueza, mas de coragem e autocuidado. Foi em terapia que consegui identificar a origem de muitas das minhas crenças limitantes e começar a transformá-las.
“A autoestima é o pilar central da nossa saúde emocional. Quando aprendemos a nos amar de forma genuína, toda nossa vida se transforma.” – Dra. Maria Helena Contrucci, psicóloga especializada em autoestima e autora do livro “O Caminho para o Amor-próprio”.
Pensamentos que sabotam nossa autoestima

Uma das descobertas mais importantes na minha jornada foi identificar os padrões de pensamento que minavam constantemente minha autoestima. Esses são alguns dos mais comuns:
Pensamento dicotômico
É aquele “tudo ou nada” que não admite meio-termo:
- “Se não for perfeito, é um fracasso total”
- “Ou sou excelente em algo, ou sou completamente incompetente”
- “Se cometi um erro, todo o projeto está arruinado”
Aprendi que a vida raramente é preto no branco. Existe um enorme espectro de possibilidades entre o sucesso absoluto e o fracasso total.
Filtro negativo
É como se usássemos óculos que só nos permitem ver o que está errado:
- Focar apenas nas críticas e ignorar os elogios
- Lembrar vividamente dos fracassos e minimizar as conquistas
- Ver apenas os defeitos ao olhar no espelho
Comecei a desafiar esse filtro perguntando a mim mesma: “O que estou deixando de ver de positivo nesta situação?”
Personalização
É a tendência de assumir a responsabilidade por coisas que estão fora do nosso controle:
- “Se a reunião foi tensa, deve ter sido algo que eu disse”
- “Meu amigo não respondeu minha mensagem, devo ter feito algo errado”
- “Se meu filho vai mal na escola, sou uma péssima mãe”
Precisei aprender que nem tudo gira ao meu redor e que muitas situações têm causas complexas que independem de mim.
Catastrofização
É o hábito de imaginar sempre o pior cenário possível:
- “Se eu falar em público, certamente vou travar e passar vergonha”
- “Se eu tentar algo novo, vou falhar miseravelmente”
- “Se eu mostrar minha vulnerabilidade, todos vão me rejeitar”
Desafiar esses pensamentos me ajudou a ver que raramente o pior cenário se concretiza.
O papel dos relacionamentos na nossa autoestima
Nossa autoestima não se desenvolve no vácuo. Os relacionamentos que mantemos têm um poder imenso de fortalecer ou minar a forma como nos vemos:
Relacionamentos que fortalecem
Certas relações atuam como um espelho que reflete o melhor de nós:
- Pessoas que celebram genuinamente nossas conquistas
- Amizades que nos aceitam com nossas imperfeições
- Relacionamentos baseados em honestidade e respeito mútuo
- Ambientes onde nos sentimos seguros para ser autênticos
- Pessoas que nos inspiram a crescer sem nos diminuir
Percebi a importância de cultivar ativamente esses relacionamentos nutritivos em minha vida.
Relacionamentos que enfraquecem
Por outro lado, algumas relações podem ser verdadeiras “vampiras” de autoestima:
- Pessoas constantemente críticas ou depreciativas
- Relações marcadas por comparações constantes
- Ambientes onde nos sentimos julgados ou inadequados
- Relacionamentos que nos fazem duvidar de nossas percepções
- Pessoas que não respeitam nossos limites
Aprendi, com dificuldade, que às vezes precisamos nos afastar de relações tóxicas para preservar nossa saúde emocional.
Aprendendo a estabelecer limites
Uma das habilidades mais importantes para proteger nossa autoestima é estabelecer limites saudáveis:
- Comunicar claramente nossas necessidades e expectativas
- Dizer “não” sem sentir culpa quando necessário
- Não permitir que os outros nos tratem com desrespeito
- Reconhecer quando um relacionamento está desequilibrado
- Priorizar nosso bem-estar emocional
Estabelecer limites foi um dos maiores desafios na minha jornada, mas também um dos mais libertadores.
Autoestima e mídias sociais: uma relação complicada
Vivemos na era digital, e não podemos ignorar o impacto que as redes sociais têm sobre como nos vemos:
O perigo das comparações online
As plataformas digitais criaram um novo terreno fértil para comparações prejudiciais:
- Exposição constante a vidas aparentemente “perfeitas”
- Filtros e edições que criam padrões irreais
- Contagem de curtidas como métrica de valor pessoal
- FOMO (Fear Of Missing Out) ou medo de estar perdendo algo
- Comparações com pessoas em contextos completamente diferentes
Precisei aprender a usar as redes sociais de forma mais consciente, lembrando que estamos vendo apenas recortes cuidadosamente selecionados das vidas alheias.
Desenvolvendo uma relação saudável com o mundo digital




É possível usar a tecnologia sem permitir que ela afete negativamente nossa autoestima:
- Fazer “detox” digital periodicamente
- Seguir apenas contas que nos inspiram positivamente
- Lembrar que a maioria das pessoas mostra apenas o “highlight reel” da vida
- Não basear nosso valor em métricas virtuais
- Usar a tecnologia como ferramenta, não como medida de autoavaliação
Estabelecer momentos livres de telas e cultivar conexões reais foram estratégias que me ajudaram muito.
Autoestima em diferentes fases da vida
Nossa relação com nós mesmos passa por transformações conforme avançamos pelas diferentes etapas da vida:
Autoestima na infância e adolescência
As primeiras fases da vida são cruciais para a formação da autoimagem:
- Importância do apoio e validação dos adultos de referência
- Impacto das primeiras experiências de sucesso e fracasso
- Desafios específicos da puberdade e mudanças corporais
- Pressão dos grupos sociais e busca por aceitação
- Desenvolvimento da identidade e valores próprios
Como adulta, precisei revisitar muitas dessas memórias formativas para entender padrões que carregava.
Autoestima na vida adulta
Na maturidade, enfrentamos novos desafios à nossa percepção de valor:
- Pressões profissionais e financeiras
- Comparações de conquistas com pares e expectativas sociais
- Mudanças corporais e envelhecimento
- Equilíbrio entre diferentes papéis e responsabilidades
- Reavaliação de escolhas e caminhos de vida
Aprendi que cada fase traz tanto desafios quanto oportunidades para fortalecer nossa relação conosco mesmos.
Autoestima na terceira idade
A maturidade tardia possui suas próprias questões:
- Adaptação às mudanças físicas mais significativas
- Transição da vida profissional ativa para a aposentadoria
- Ressignificação de propósito e contribuição social
- Valorização da sabedoria e experiência acumuladas
- Aceitação do ciclo natural da vida
Conviver com meus avós me ensinou muito sobre como cultivar uma autoestima resiliente que transcende as mudanças inevitáveis da vida.
Superando a baixa autoestima: um caminho possível
Quero compartilhar com você alguns passos práticos que me ajudaram a transformar minha relação comigo mesma. Não é um caminho rápido ou fácil, mas certamente possível:
Passo 1: Conscientização e aceitação
O primeiro e talvez mais difícil passo é reconhecer honestamente onde estamos:
- Admitir para nós mesmos que estamos sofrendo com baixa autoestima
- Observar nossos padrões de pensamento sem julgamento
- Aceitar que a mudança leva tempo e não acontece linearmente
- Compreender que todos temos áreas para desenvolver
Para mim, esse momento de admitir que precisava mudar foi doloroso, mas libertador.
Passo 2: Desafiar pensamentos negativos
Aprender a questionar nosso diálogo interno é fundamental:
- Identificar pensamentos automáticos negativos quando surgem
- Questionar a validade dessas crenças com evidências reais
- Substituir gradualmente afirmações destrutivas por mais realistas
- Praticar o autodiálogo compassivo, como falaria com um amigo
Comecei anotando meus pensamentos negativos e depois os questionando com fatos. Foi surpreendente perceber quantas de minhas crenças não tinham base na realidade.
Passo 3: Cultivar novas habilidades e experiências
Expandir nosso repertório de vivências fortalece nossa confiança:
- Aprender algo novo sem pressão de perfeição
- Celebrar pequenos progressos consistentemente
- Sair da zona de conforto gradualmente
- Acumular experiências de superação e crescimento
Inscrevi-me em um curso de cerâmica, algo completamente novo para mim. Permitir-me ser iniciante e ver meu progresso foi terapêutico.
Passo 4: Construir uma rede de apoio
Não precisamos fazer essa jornada sozinhos:
- Buscar pessoas que nos apoiam e acreditam em nós
- Compartilhar vulnerabilidades com quem merece nossa confiança
- Considerar grupos de apoio ou terapia
- Aprender com histórias de superação de outros
O apoio de amigos verdadeiros e de meu grupo de terapia foi essencial para me ajudar a ver qualidades em mim que eu não conseguia enxergar.
Passo 5: Praticar o autocuidado consistente
Cuidar de nós mesmos envia uma mensagem poderosa ao nosso subconsciente:
- Estabelecer rotinas de bem-estar físico e emocional
- Respeitar nossos limites e necessidades
- Reservar tempo para atividades que trazem prazer e significado
- Tratar a nós mesmos com a gentileza que oferecemos aos outros
Aprendi que autocuidado não é egoísmo, mas necessidade básica para uma vida equilibrada.
Conclusão: um novo olhar para si mesmo
A jornada para superar a baixa autoestima e construir uma relação saudável consigo mesmo não tem um ponto final definitivo. É um processo contínuo de aprendizado, crescimento e autocuidado.
O que aprendi nessa caminhada é que todos nós merecemos nos olhar com gentileza e compaixão. Não é sobre desenvolver um ego inflado ou ignorar áreas de crescimento, mas sobre reconhecer nosso valor inerente como seres humanos, independente de nossas realizações ou falhas.
Lembro como parecia impossível mudar a forma como me via. Mas, um pequeno passo de cada vez, fui construindo uma nova narrativa sobre mim mesma. E você também pode.
Se você está lutando com questões de baixa autoestima, saiba que não está sozinho. Milhões de pessoas enfrentam esses desafios diariamente. O mais importante é dar o primeiro passo, buscar ajuda quando necessário e ter paciência consigo mesmo durante o processo.
Como diria a escritora Maya Angelou: “Você pode não controlar todos os eventos que acontecem com você, mas pode decidir não ser reduzido por eles.”
Principais pontos sobre baixa autoestima:
- A baixa autoestima é uma avaliação negativa persistente sobre si mesmo
- Suas causas podem estar em experiências da infância, traumas ou pressões sociais
- Afeta relacionamentos, carreira, saúde física e mental
- Manifesta-se através de pensamentos autodepreciativos, comportamentos de autossabotagem e sinais físicos
- É possível transformá-la através de autoconhecimento, desafio de crenças limitantes e práticas diárias de autocuidado
- O apoio de pessoas queridas e profissionais pode fazer grande diferença nessa jornada
- A construção de uma autoestima saudável é um processo contínuo que exige paciência e compaixão
Perguntas frequentes sobre baixa autoestima
1. A baixa autoestima pode ser considerada uma doença? Não, a baixa autoestima não é classificada como uma doença em si, mas pode ser um sintoma ou fator contribuinte para condições como depressão e ansiedade. É mais adequado entendê-la como um padrão de pensamento e percepção que pode ser modificado com as abordagens adequadas.
2. É possível ter baixa autoestima apenas em algumas áreas da vida? Sim, absolutamente. Muitas pessoas têm uma autoestima seletiva – podem se sentir confiantes em suas habilidades profissionais, por exemplo, mas inseguras em relacionamentos amorosos. Isso é bastante comum e reflete nossas experiências específicas em diferentes áreas.
3. Qual a diferença entre baixa autoestima e humildade? A humildade envolve uma avaliação realista de nossas qualidades e limitações, sem exageros para mais ou para menos. Já a baixa autoestima implica em uma visão distorcida para menos, onde minimizamos nossas qualidades e maximizamos nossas falhas. Uma pessoa humilde reconhece seus talentos sem arrogância; uma com baixa autoestima tem dificuldade em reconhecer qualquer valor em si.
4. A baixa autoestima pode ser hereditária? Não diretamente, mas existem fatores genéticos que podem influenciar traços como tendência à ansiedade ou perfeccionismo, que por sua vez podem contribuir para a baixa autoestima. Contudo, os fatores ambientais e experiências de vida têm um papel muito mais significativo.
5. Em quanto tempo é possível melhorar a baixa autoestima? Não existe um prazo fixo, pois cada pessoa tem sua própria jornada. Alguns podem notar melhorias em algumas semanas com práticas consistentes, enquanto para outros pode ser um processo de meses ou anos, especialmente quando as raízes da baixa autoestima são profundas. O importante é celebrar cada pequeno progresso.
6. Medicamentos podem ajudar a tratar a baixa autoestima? Medicamentos psiquiátricos não tratam diretamente a baixa autoestima, mas podem ajudar a controlar condições como depressão ou ansiedade que frequentemente a acompanham. Terapias psicológicas costumam ser mais eficazes para lidar com os padrões de pensamento negativos.
7. Como ajudar alguém com baixa autoestima sem piorar a situação? Ofereça apoio genuíno sem ser paternalista. Evite elogios exagerados (podem soar falsos), críticas duras ou tentar “consertar” a pessoa. Em vez disso, reconheça seus esforços, escute sem julgar, e encoraje-a a buscar ajuda profissional se necessário.
8. A baixa autoestima afeta mais mulheres ou homens? Estudos sugerem que mulheres tendem a relatar mais problemas de autoestima relacionados à imagem corporal e aparência, enquanto homens podem apresentar mais questões relacionadas a realizações e status. Contudo, a baixa autoestima afeta pessoas de todos os gêneros, manifestando-se de formas diversas conforme pressões sociais específicas.
9. É normal que a autoestima flutue ao longo da vida? Sim, absolutamente normal. Nossa autoestima não é estática e pode variar conforme passamos por diferentes fases e desafios. Eventos significativos, transições de vida e até mesmo fatores hormonais podem causar flutuações temporárias na forma como nos percebemos.
10. Autocrítica e baixa autoestima são a mesma coisa? Não. A autocrítica saudável nos ajuda a crescer e melhorar, sendo específica e construtiva. Já a baixa autoestima envolve uma crítica generalizada e destrutiva sobre nosso valor como pessoa. A chave está na intenção: a autocrítica visa o crescimento, enquanto os pensamentos da baixa autoestima apenas reforçam uma visão negativa de si.